A economia brasileira está em uma situação aquecida, com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo 3,5% em 2024. A taxa de desemprego 6,1!%, a mais baixa dos últimos 10 anos. O Brasil terminará na 10ª posição em um ranking global que comparou o crescimento da atividade econômica de 51 países.
Em contrapartida enfrentou dificuldades na taxa de juros, no aumento da divida pública e principalmente no relacionamento com o mercado financeiro que por questões ideológicas e também por receio de uma eminente crise fiscal patrocinou uma alta sem precedentes do câmbio.
Perspectivas da economia brasileira em 2025
O cenário para 2025 dever ser visto pelos analistas e operadores de economia no Brasil como difícil. O mercado de trabalho está começando a desacelerar, e as empresas estão cautelosas em relação a contratações.
– Cambio as projeções para o próximo ano indicam continuidade na volatilidade cambial. O Boletim Focus sugere uma cotação do dólar em torno de R$ 5,60 ao final de 2025, enquanto outras análises apontam para valores próximos a R$ 6,00, dependendo de fatores como política fiscal, inflação e cenário econômico internacional.
– PIB: a mediana de 76 projeções coletadas junto a consultorias e instituições financeiras indica que o PIB deve crescer 2% em 2025, após alta estimada de 3,5% em 2024. As previsões variam de 3% a 3,6% para este ano e de 1,3% a 3% para o próximo. Na teoria, o ponto de partida de 2025 não seria ruim.
– Inflação: de acordo com agentes do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2025 em 4,96%.
– Selic: analistas consultados pelo Banco Central (BC) subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano e agora enxergam a taxa de juros em um patamar de 14% ao ano em 2025. Na semana anterior, a previsão era de que os juros encerrariam o ano a 13,50%.16 de dez. de 2024.
Retrospectiva da economia brasileira em 2024
A economia brasileira em 2024 teve um crescimento maior do que o esperado, mas também foi marcada por alguns desafios e contradições:
De positivo destaca-se que o Brasil foi umas das economias que mais cresceram esse ano e acaba 2024 entre as 10 maiores do mundo. O PIB cresceu mais do que o esperado, o desemprego atingiu nível histórico baixo,
De negativo, destaca-se a forte desvalorizou-se do real, a indicação quem saiu do teto da meta, mesmo sendo a mais baixa dos últimos anos., a dívida bruta do governo geral cresceu. O chamado “mercado” não aceitou bem as medidas de contenção de gastos, propostas pelo governo, por conta das desconfianças com a política fiscal e com viés ideológico contrário do atual governo.
Setores mais afetados positivamente e negativamente em 2024
Em 2024, a economia brasileira apresentou um crescimento robusto, com o Produto Interno Bruto (PIB) registrando uma expansão de 0,9% no terceiro trimestre, superando economias como a dos Estados Unidos e empatando com a da China no G20. O Ipea projeta um crescimento do PIB de 3,5% para 2024, enquanto o mercado financeiro prevê um crescimento de 3,39%.
O setor tecnológico pode ser um importante vetor de crescimento para a economia brasileira. Investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento podem criar novas oportunidades de emprego e estimular a produtividade.
Em resumo, enquanto setores como serviços e indústria se beneficiaram de uma economia em crescimento e de um mercado de trabalho fortalecido, a agropecuária e o comércio varejista enfrentaram desafios decorrentes de fatores climáticos e condições financeiras restritivas, respectivamente.
Setores positivamente impactados
– Serviços: o setor de serviços destacou-se com um crescimento de 1,1% em outubro, superando expectativas e refletindo uma demanda interna sólida.
– Indústria: a indústria brasileira manteve um desempenho positivo, com crescimento acumulado de 2,9% em 2023, contrariando expectativas anteriores.
– Mercado de Trabalho: o mercado de trabalho também foi um destaque positivo, com a taxa de desemprego atingindo patamares historicamente baixos, impulsionando o consumo das famílias e contribuindo para o crescimento econômico.
Setores negativamente impactados
– Agropecuária: a agropecuária enfrentou desafios, registrando uma retração de 0,9% no terceiro trimestre, influenciada por condições climáticas adversas, como o fenômeno El Niño, que afetaram a produção agrícola.
– Comércio Varejista: o comércio varejista foi impactado negativamente por taxas de juros elevadas, que restringiram o crédito e reduziram o consumo de bens duráveis.
Desemprego cai para 6,1% e atinge menor taxa da história
A queda da taxa de desemprego para 6,1% é um marco histórico e reflete uma melhoria significativa no mercado de trabalho. Esse é o menor índice já registrado, indicando que mais pessoas estão empregadas e, potencialmente, com maior acesso à renda e estabilidade econômica.
Os setores que mais contribuíram para essa redução podem incluir serviços, indústria e agricultura, acompanhados de uma possível recuperação econômica ou estímulos específicos promovidos pelo governo e iniciativa privada.
Embora a notícia seja positiva, vale observar outros indicadores econômicos, como a qualidade dos empregos gerados, a renda média e as condições de trabalho. Além disso, regiões e grupos específicos podem ainda enfrentar desafios no acesso ao mercado de trabalho.
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,1% no trimestre encerrado em novembro. Esse é o menor índice da série histórica, iniciada em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27/12).
Confira os principais destaques da Pnad Contínua:
– Taxa de desocupação: 6,1%
– População desocupada: 6,8 milhões
– População ocupada: 103,9 milhões (recorde)
– Nível de ocupação: 58,8% (recorde)
– População fora da força de trabalho: 66 milhões
– População subutilizada: 17,8 milhões
– Empregados com carteira de trabalho no setor privado: 39,1 milhões (recorde)
– População desalentada: 3 milhões
– Empregados sem carteira de trabalho no setor privado: 14,4 milhões
– Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
– Trabalhadores domésticos: 6 milhões
– Empregados no setor público: 12,8 milhões (recorde)
– Empregados no setor privado: 53,5 milhões (recorde)
– Taxa de informalidade: 38,7%
– Trabalhadores informais: 40,3 milhões
Prévia da inflação fecha 2024 a 4,71%
A prévia da inflação fechando 2024 em 4,71% indica um resultado próximo do centro da meta estabelecida pelo Banco Central, que geralmente gira em torno de 3,5% a 4,5% com uma margem de tolerância.
Embora dentro de patamares considerados controlados, a inflação de 4,71% pode ter influenciado o poder de compra, especialmente das famílias de renda mais baixa, dependendo dos itens que tiveram maior variação de preço.
Esse índice reflete o comportamento dos preços ao longo do ano, impactado por fatores como:
– Cenário externo: flutuações no preço de commodities e taxas de câmbio.
– Política monetária: ajustes na taxa de juros pelo Banco Central.
– Setores internos: pressão de custos em alimentos, energia e combustíveis.
Projeção de crescimento da economia é de 3,5% em 2024
A projeção de crescimento da economia em 3,5% para 2024 é um sinal de otimismo e recuperação econômica. Esse índice, se confirmado, poderá trazer impactos positivos, como geração de empregos, aumento da renda e maior confiança de investidores. No entanto, é importante observar possíveis riscos, como flutuações cambiais, crises externas ou desequilíbrios fiscais internos.
Esse crescimento acima da média de anos anteriores pode ser impulsionado por vários fatores:
Investimentos internos e externos: Ampliação de projetos de infraestrutura, tecnologia e agronegócio.
– Estabilização de políticas econômicas: controle inflacionário e estímulo ao consumo e à produção.
– Setores-chave em alta: crescimento no agronegócio, serviços e indústria, que frequentemente lideram o PIB.
– Cenário global favorável: exportações beneficiadas por um mercado internacional mais aquecido.
Brasil é a 10ª maior economia do mundo em ranking
O Brasil ser classificado como a 10ª maior economia do mundo é um marco significativo, refletindo sua relevância no cenário global. Manter e melhorar essa posição no ranking exige avanços em inovação, políticas públicas e abertura ao comércio global. Esse posicionamento no ranking é medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) em termos nominais, o que destaca a força de setores como:
– Agronegócio: grande produtor e exportador de grãos, carnes e outros alimentos.
– Indústria: destaque para os segmentos automotivo, químico, siderúrgico e aeroespacial.
– Serviços: incluindo tecnologia, turismo e finanças.
Fatores que influenciam essa posição
– Dimensão geográfica e populacional: grandes mercados interno e externo.
– Recursos naturais: abundância em petróleo, minérios e biodiversidade.
– Desafios estruturais: problemas como desigualdade, burocracia e infraestrutura limitada podem limitar o potencial de crescimento.
É verdade que o Real é uma das moedas que mais se desvalorizaram em 2024?
Sim, é verdade que o real brasileiro foi uma das moedas que mais se desvalorizaram em 2024. Até 19 de dezembro, o real acumulou uma queda de 21,7% em relação ao dólar, posicionando-se como a 6ª moeda mais desvalorizada no mundo nesse período.
Essa desvalorização é atribuída a diversos fatores, incluindo incertezas fiscais internas, políticas econômicas e movimentos nos mercados internacionais. A combinação desses elementos resultou em uma pressão significativa sobre a moeda brasileira ao longo do ano.
Para uma análise mais detalhada sobre o desempenho do real em 2024, você pode assistir ao vídeo a seguir:
Câmbio em 2024
As previsões para a cotação do dólar em relação ao real brasileiro ao longo de 2024 variaram significativamente entre analistas e instituições financeiras, refletindo a volatilidade e as incertezas econômicas do período.
Projeções ao longo do ano
– Julho de 2024: O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, indicava uma expectativa de que o dólar encerraria o ano cotado a R$ 5,20.
– Setembro de 2024: Alguns analistas previam que o dólar poderia atingir R$ 6,00 até o final do ano, embora considerassem essa possibilidade improvável, a menos que ocorressem choques econômicos significativos.
– Novembro de 2024: O Boletim Focus ajustou suas projeções, estimando o dólar a R$ 5,95 no fim do ano, refletindo preocupações com a política fiscal e o cenário econômico global.
– Dezembro de 2024: O real acumulou uma desvalorização de 21,82% no ano, com o dólar atingindo R$ 6,18, tornando-se a moeda de pior desempenho entre as economias emergentes.
Fatores influenciadores
– Política fiscal doméstica: Incertezas sobre a capacidade do governo em controlar as contas públicas aumentaram a desconfiança dos investidores.
– Inflação persistente: A manutenção de níveis elevados de inflação pressionou a moeda local.
– Políticas monetárias internacionais: Decisões do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos impactaram fluxos de capital e influenciaram a cotação do dólar globalmente.
Taxa de juros Selic do brasil em 2024
Em 2024, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil adotou uma postura mais agressiva em relação à taxa Selic, elevando-a de 10,75% para 12,25% ao ano na reunião de 11 de dezembro.
Essa decisão reflete a preocupação do Copom com a aceleração da inflação, que superou o intervalo de metas estabelecido pelo Banco Central. A medida visa conter a pressão inflacionária e ancorar as expectativas de preços no país.
A trajetória da Selic ao longo de 2024 foi a seguinte:
– 31 de janeiro: 11,25%
– 20 de março: 10,75%
– 8 de maio: 10,50%
– 19 de junho: 10,50%
– 31 de julho: 10,50%
– 18 de setembro: 10,75%
– 6 de novembro: 11,25%
– 11 de dezembro: 12,25%