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Dólar, Ibovespa e geração de empregos em alta e Selic mantida em 10,50%

    empregos
    Imagem ilustrativa – Simone Tebet, A ministra do Planejamento e Orçamento e Fernando Haddad, o ministro da Economia, em evento detalhando medidas econômicas do governo [Foto: Valter Campanato/Agência Brasil].
    A semana foi bem agitada para mercado financeiro com a alta recorde do dólar e variação do Ibovespa, a manutenção da taxa Selc pelo Copom e principalmente pela geração de empregos.

    O dólar avançou e fechou a semana em R$ 5,44, atingindo o maior patamar desde janeiro de 2023. Isso ocorre à espera da decisão sobre a taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. A expectativa é que o Copom mantenha a Selic inalterada em 10,50% ao ano, mesmo com a inflação acelerando no país, impulsionada por alimentos e o dólar alto.

    Por outro lado, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, encerrou em alta de 0,53%, atingindo 120.261 pontos. Essa combinação de desemprego baixo e salários em alta mantém o Banco Central alerta, pois pode pressionar a inflação de serviços e afetar a trajetória da taxa de juros.

    Vale ressaltar que a alta da bolsa tem sido influenciada por fatores externos, além da manutenção da Selic no patamar de 10,50%.

    Mercado financeiro encerra a semana com alta para o Ibovespa e dólar em leve elevação

    O mercado financeiro brasileiro fechou a semana com movimentos distintos para o índice Ibovespa e a cotação do dólar.

     

    Dólar:

    – A cotação do dólar comercial subiu 0,13%, fechando o dia a R$ 5,440 na venda.

    – Esse valor é o maior patamar para a moeda americana desde julho de 2022.

    – A alta do dólar foi influenciada por fatores externos, como a expectativa de aumento dos juros nos Estados Unidos e a aversão a risco no mercado internacional.

     

    Ibovespa:

    – O principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, subiu 0,53%, fechando a sexta-feira aos 121.312 pontos. Essa alta representa uma recuperação das perdas registradas nos primeiros dias de junho.

    – As ações de empresas de proteína animal lideraram os ganhos do dia, com destaque para a BRF (BRFS3), que subiu 4,94%.

    – Outras empresas que se destacaram foram as do setor bancário, como Itaú Unibanco (ITUB4), que subiu 2,38%, e Bradesco (BBDC4), que avançou 1,73%.

     

    Fatores que influenciaram o mercado

    – Decisão de política monetária do Copom: o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano. Essa decisão era esperada pela maioria dos analistas e não teve um impacto significativo no mercado.

    – Dados da inflação: a inflação oficial do Brasil (IPCA) subiu 0,52% em maio, acima das expectativas do mercado. Esse dado reforçou a expectativa de que o Copom manterá a taxa Selic em um nível elevado por mais tempo.

    – Cenário externo: o cenário externo permanece incerto, com a guerra na Ucrânia e a elevação das taxas de juros nos Estados Unidos pressionando a economia global. Esse cenário contribuiu para a aversão a risco no mercado e para a alta do dólar.

     

    Perspectivas para a próxima semana para o mercado

    – O mercado financeiro deve continuar monitorando os dados da inflação e as decisões dos bancos centrais ao redor do mundo.

    – Investidores também estarão atentos às eleições presidenciais no Brasil, que serão realizadas em outubro.

     

    Maiores informações

    Para mais informações:

    – Ibovespa: https://b3.com.br/en_us/

    – Dólar: https://br.investing.com/currencies/usd-brl

    – Copom: https://www.bcb.gov.br/

    – Inflação: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/precos-e-custos/9256-indice-nacional-de-precos-ao-consumidor-amplo.html

      

    Brasil alcança recorde na geração de empregos com vagas para 100 milhões de trabalhadores

    De fato, o Brasil atingiu um marco histórico no mercado de trabalho em 2023, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE: o número de pessoas ocupadas no país ultrapassou pela primeira vez a marca de 100 milhões.

    No geral, os dados do IBGE revelam um cenário positivo no mercado de trabalho brasileiro, com aumento da população ocupada, crescimento do trabalho formal e elevação do nível de ocupação. No entanto, ainda há espaço para avanços, como a redução da informalidade e o fortalecimento da sindicalização.

     

    Indicadores relevantes para a retomada dos empregos

    Esse recorde positivo foi acompanhado por outros indicadores relevantes:

    – Aumento da população ocupada: em comparação com 2022, houve um crescimento de 1,1%, com 100,7 milhões de pessoas ocupadas em 2023. Esse número representa um salto significativo de 12,3% em relação a 2012, quando a população ocupada era de 89,7 milhões.

    – Crescimento do trabalho formal: o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado alcançou o maior patamar da série histórica, chegando a 37,7 milhões de pessoas. Isso representa 37,4% da população ocupada, um aumento em relação aos 36,3% de 2022.

    – Nível de ocupação: a taxa de ocupação, que representa a parcela da população com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que está ocupada, atingiu 57,6% em 2023.

     

    Desafios para a geração de empregos no Brasil

    Apesar dos avanços, alguns desafios ainda persistem:

    – Redução da sindicalização: o número de trabalhadores sindicalizados diminuiu em relação a 2022, passando de 9,2% para 8,4% da população ocupada. Essa tendência vem se observando desde 2012.

    – Informalidade: apesar do crescimento do trabalho formal, o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado ainda é alto, alcançando 13,3% em 2023.

     

    Setores que mais cooperaram para geração de empregos

    O setor de serviços se destaca como o maior empregador no Brasil, respondendo por 60% dos empregos formais em 2023, segundo dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Essa área abrange uma ampla gama de atividades, como:

    – Comércio varejista: supermercados, lojas de departamento, vestuário, etc.

    – Administração pública: órgãos públicos federais, estaduais e municipais.

    – Transporte: empresas de ônibus, transporte aéreo, marítimo e terrestre.

    – Atividades financeiras e imobiliárias: bancos, seguradoras, corretoras de seguros, imobiliárias.

    – Saúde: hospitais, clínicas, laboratórios, planos de saúde.

    – Educação: escolas públicas e privadas, universidades, cursos profissionalizantes.

    – Outros serviços: hotéis, restaurantes, turismo, serviços de limpeza e manutenção, call centers, etc.

     

    Setores com maior geração de vagas de empregos em 2023

    Vale ressaltar que, além do setor de serviços, outros setores também apresentaram crescimento significativo no número de empregos em 2023, como:

    Dentro desses setores, algumas áreas específicas se destacaram pela maior geração de vagas em 2023:

    – Indústria: 228.314 novas vagas.

    – Construção civil: 102.246 novas vagas.

    – Agropecuária: 78.304 novas vagas.

    – Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: 380.752 novos postos de trabalho.

    – Administração pública, defesa, seguridade social, educação e saúde: 297.494 novas vagas.

     

    Percentual de empregos formais cresce pela primeira vez desde 2015

    O ano de 2023 foi marcado por uma reversão na tendência de queda da formalização no mercado de trabalho brasileiro. De acordo com dados do IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua), o percentual de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu 37,7% da população ocupada em 2023.

    Mesmo com esses desafios, o aumento do percentual de trabalhadores formais é um indicador positivo para o mercado de trabalho brasileiro, pois contribui para a redução da precariedade do trabalho, o aumento da renda dos trabalhadores e a melhoria da proteção social.

    Esse índice representa um aumento em relação aos 36,3% registrados em 2022, e marca a primeira alta na série histórica desde 2015.

    O crescimento da formalização foi impulsionado por diversos fatores, como:

    – Crescimento da economia: a economia brasileira apresentou um crescimento de 3,6% em 2023, segundo o IBGE, impulsionando a criação de novas vagas de trabalho.

    – Medidas do governo: o governo federal implementou diversas medidas para estimular a formalização, como a redução da burocracia para abertura de empresas e a criação de programas de crédito para micro e pequenas empresas.

    – Aumento da demanda por mão de obra qualificada: as empresas estão cada vez mais buscando profissionais qualificados, o que contribui para o aumento da formalização, já que os trabalhadores com carteira assinada geralmente possuem maior nível de escolaridade e qualificação profissional.

     

    Desafios a serem superados para geração de empregos

    Apesar da melhora, ainda há desafios a serem superados:

    – Nível de informalidade ainda alto: apesar do crescimento da formalização, o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado ainda é alto, alcançando 13,3% em 2023.

    – Desigualdade na formalização: a formalização ainda é desigual entre diferentes grupos sociais, com taxas mais baixas para mulheres, negros e pessoas com menor nível de escolaridade.

     

    Segundo PNAD número de trabalhadores por conta própria com CNPJ recua em vista a geração de empregos 

    De fato, o número de trabalhadores por conta própria com CNPJ recuou em 2023 na comparação com o ano anterior. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE:

    – Total de trabalhadores por conta própria e empregadores: 29,9 milhões em 2023.

    – Trabalhadores por conta própria com CNPJ: 33% desse total, o que representa 9,9 milhões de pessoas.

    – Comparação com 2022: A porcentagem de trabalhadores por conta própria com CNPJ em 2023 foi menor do que em 2022 (34,2%), mas ainda assim a segunda maior taxa da série histórica.

    Queda no número: Apesar da queda na proporção, o número total de trabalhadores por conta própria com CNPJ ainda é significativo.

    – Tendência: É preciso analisar mais dados para determinar se essa queda representa uma nova tendência ou se é um efeito pontual.

    – Outras categorias: No mesmo período, houve um aumento no número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ e também no número de empregadores com CNPJ.

     

    Maiores informações

    Para mais informações sobre o mercado de trabalho no Brasil:

    IBGE: https://www.ibge.gov.br/

    – Agência Brasil: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-06/em-2023-populacao-brasileira-ocupada-passou-dos-100-milhoes

    – Ministério do Trabalho e Previdência: https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br

    – CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados): https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/servicos/empregador/caged

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