Foram divulgados pelo Fórum Econômico Mundial proposições e dados que inserem as mulheres como principais chaves da recuperação pós-pandemia. O empreendedorismo feminino é um movimento que fecha as lacunas socioeconômicas, reintegra populações relevantes à economia durante as crises e a falta de emprego. Afinal, são elas que encontram soluções para os problemas sociais antigos.
Portanto, com base em dados da agência internacional, além de pesquisas e insights sobre o momento no Brasil, vamos apresentar três destaques relacionados ao processo de recuperação econômica com as mulheres empreendedoras.
Estima-se que a economia depende das mulheres
Hoje as mulheres são consideradas metade da população, porém apenas 39% delas fazem parte do trabalho (de acordo com dados divulgados em 2019). Ou seja, isso equivale a vários fatores, pois em muitas sociedades eles são até proibidos de trabalhar e obrigados a levar uma vida familiar.
Contudo, as mulheres também são as mais afetadas pela pandemia e pela crise econômica que ela causou, especialmente devido à perda de empregos e fechamento de negócios. Afinal, à medida que a economia se recupera, o governo precisa motivar as mulheres empreendedoras e incentivá-las a ingressar no mercado de trabalho.
Essa é uma medida essencial, principalmente no Brasil. Pesquisa realizada pelo GEM 2020 afirma que 31,3% dos empreendedores maduros do país são mulheres, e esse número pode aumentar à medida que equipes maiores tentam assumir, mas acabam fracassando e não podem permanecer no mercado por muito tempo (grandes menos de um ano na maioria dos casos).
Redes de fornecedores exigem diversidade
A pandemia mostrou que algumas cadeias de suprimentos estão vulneráveis, destacando que os governos e empresas tem a necessidade variar seus fornecedores. No entanto, as compras governamentais são uma grande oportunidade para aumentar a resiliência das redes de fornecedores e, ao mesmo tempo, incentivar o empreendedorismo feminino.
Para saber, o valor gasto pelos governos do mundo todo no ano de 2018 foram equivalentes a US$ 11 trilhões (12% do PIB) em serviços e bens. Portanto, segundo dados do ITC (Centro Internacional do Comércio) mostram que apenas 1% dessas despesas são pagas através de contratos com empresas dirigidas por mulheres. Dito isso, dos US$ 11 trilhões em gastos, apenas US$ 110 bilhões acabaram indo para empresas lideradas por mulheres.
O setor de e-commerce representa uma grande oportunidade para o empreendedorismo feminino
A pandemia levantou uma necessidade ainda maior de digitalização de negócios, com estimativas de que 60% do PIB global será digitalizado até 2022. Portanto, para as mulheres, esse é um grande benefício, porém, ainda não é muito conhecido em diversos países, além de ter poucas formações para mulheres, principalmente nos setores de comercio online.
Dessa forma, a inclusão digital para mulheres é extremamente fundamental, para inseri-las no mercado internacional que está cada vez mais digitalizado e focado em lojas online, marketplace e entre outros. Em suma, para evitar o risco de retrocessos na proporção de mulheres empreendedoras, capacita-las para o mundo digital é a melhor maneira para que elas possam concorrer igualmente com os homens no comercio.