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Inflação fecha em abril de 2022 em 1,06% chegando a 13,13% em 12 meses. Por que está tão alta?

    Para aliviar as pressões inflacionárias sobre os alimentos, o governo federal anunciou nesta quarta-feira (11) que reduzirá as tarifas de importação de 11 produtos. As novas tarifas entram em vigor nesta quinta-feira (12) e valem até 31 de dezembro.

    A ideia é que a redução de impostos barateie a compra desses produtos do exterior, levando a preços mais baixos dos produtos nas gôndolas dos supermercados. Você sabe quais foram os produtos mais afetados pela alta da inflação? Mas, antes de tudo o que significa a inflação? Continue acompanhando para saber mais!

    Governo reduz importação de 11 produtos

    A medida deve ter um impacto de até 700 milhões de reais na receita tributária federal, segundo Herlon Alves Brandão, vice-ministro de Inteligência de Comércio Exterior e Estatísticas de Comércio Exterior. No entanto, o valor do valor dependerá do volume de importação, do país de origem do produto e da taxa de câmbio. A secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Ana Paula Repezza, explicou que além de alimentos e produtos ligados à produção agropecuária, como mancozeb e ácido sulfúrico, existem dois tipos de vergalhões (CA50 e CA60).

    Corte na importação dos produtos

    A redução da alíquota de importação desses produtos se dá por meio da Lista de Exceções da Tarifa Externa Comum do MERCOSUL (LETEC), por isso é preciso retirar alguns produtos da lista, como o medicamento clonazepam e queijo mussarela. Em março, a Camex concentrou-se nos preços do etanol e de seis alimentos – café moído, queijo, massas, margarina, queijo, óleo de soja e açúcar. Na época, o Ministério da Economia afirmou que a medida fazia parte de um esforço para conter a alta inflação.

    Para aliviar as pressões sobre os preços, o governo também tomou outras medidas na região. Em novembro, sem o apoio do MERCOSUL, o governo implementou um corte de 10% em um grupo de produtos que compõem 87%da faixa tarifária do país, dizendo que precisava urgentemente combater os aumentos de preços.

    Inflação fecha em abril de 2022 em 1,06%

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), visto como a inflação oficial do país, subiu 1,06% em abril, após alta de 1,62% em março impulsionado pela alta dos preços dos combustíveis. Esta foi a maior variação (1,26%) para abril desde 1996. Ou seja, em 26 anos. Em 2022, o IPCA cumulativamente atingiu alta de 4,29%. A inflação saltou para 12,13% em 12 meses, acima dos 11,30% observados nos 12 meses anteriores, apesar da desaceleração em relação aos resultados de março.

    Esta é a taxa de inflação mais alta (13,98%) em um período de 1 ano desde outubro de 2003. A inflação foi ligeiramente superior ao esperado. A mediana das 39 previsões coletadas pelo Valor Data é de 1% em abril e 12,06% em 12 meses. A inflação está na casa dos dois dígitos há oito meses seguidos, de acordo com os resultados de abril, reforçando as apostas em uma nova alta da taxa básica (Selic), está 12,75% ao ano.

    Crise inflacionaria nas empresas

    Como todos sabemos, embora o Brasil tenha uma economia importante e seja um dos países mais fortes do mundo financeiramente, estamos propensos a períodos de crise e instabilidade. Dessa forma, entender como a inflação afeta as empresas pode ser muito importante, principalmente para empresas como as startups.

    Infelizmente, muitos líderes organizacionais não estão preparados para enfrentar adequadamente essa situação, o que pode impactar negativamente no desempenho individual e coletivo da empresa. Neste post, vamos dar um exemplo de como a inflação afeta as empresas.

    • Contas

    Grandes contas como eletricidade, água, telefone, gás, etc. são ajustados pelas flutuações da inflação, principalmente aumentadas, obviamente. Na verdade, os ajustes para baixo são incomuns, especialmente se a deflação não durar muito.

    • Aluguel

    Caso sua empresa esteja em um local locado, fique atento à existência do IGP-M – índice que reajusta anualmente os reajustes dos contratos de locação. Dado que este indicador teve resultados negativos no último ano, é possível atingir uma diminuição, ainda que pequena, ou pelo menos manter este valor.

    • Compras

    Junto com as vendas, que discutiremos mais adiante, compras é a área da empresa mais afetada pela inflação — e a que acontece mais rápido. Embora o mesmo raciocínio usado para ajustar a conta base seja usado aqui (reduções de preços mais lentas), é importante monitorar o mercado em busca de oportunidades.

    • Bem-estar dos colaboradores

    Não são apenas as empresas que estão prejudicando a saúde financeira pela alta inflação. Além dos gestores, os departamentos de RH também devem estar atentos a essa situação, pois a vida dos colaboradores também pode ser impactada negativamente, pois todos precisam de recursos financeiros para atender às suas necessidades e desejos.

    Afinal, por que a inflação está tão alta?

    No entanto, a inflação tem um objetivo principal que é incentivar consumidores comprem produtos. Afinal, sabendo que o preço vai subir, a tendência é querer comprar o quanto antes. À medida que a demanda aumenta, os produtores entendem que devem produzir mais bens, contratar mais mão de obra, investir mais e assim por diante. No final, cria-se um ciclo “virtuoso” em que a moeda gira e todos os setores crescem.

    Mas tudo depende de um detalhe importante: que a inflação suba aos poucos. Quando a inflação sobe repentinamente, os salários não conseguem acompanhar e os padrões de vida das pessoas caem (especialmente aqueles com salários fixos). É nessa época que muitos trabalhadores procuram “bicos” para ter um complemento na renda. Ou seja, o contexto no aumento da inflação é: Aumento de preços, salários não acompanham, servidores pressionam a empresa, aumento de custos da empresa, aumento de preços, etc.

    Agora, o porquê do aumento repentino?

    Nesta história, a pandemia de Covid-19 e a guerra ucraniana são os grandes culpados. Muitas cadeias produtivas continuaram desacelerando por quase 2 anos devido à pandemia e à falta de matéria-prima. À medida que as vacinações avançam e os serviços abrem, a demanda reprimida ressurgiu e a oferta não pode acompanhar. Commodities como trigo, petróleo e gás natural aumentaram com a guerra.

    Em suma, isso que acontece com o aumento dos preços nos produtos dos mercados. Por exemplo, o óleo de soja que em fevereiro de 2020, 50 reais comprava quase 13 garrafas de óleo; hoje, em 2022, a mesma quantia é possível pegar só 5 unidades.

    Veja também: Inflação: Saiba por que os alimentos e produtos estão tão caros no Brasil

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