BCE tenta conter inflação. Aumento de 0,5 p.p na taxa da zona do euro indica movimento para conter alta da inflação, que ocorre em razão da guerra na Ucrânia e dos efeitos da pandemia.
A taxa de depósito, portanto, passa a ser de 0%, ante –0,5% anteriormente. O bloco formado por 19 países registrou, em junho, 8,1% na inflação acumulada de 12 meses. Maior valor da história. Grande parte dessa alta se deve aos custos de energia.
O banco central havia indicado em junho que o possível aumento seria entorno de 0,25 p.p, investidores pleitearam um aumento mais expressivo. 0,5 p.p foi a taxa defendida, inclusive, por parte de dirigentes de países do bloco.
Estratégia para conter taxa
O aumento da taxa também havia sido desaconselhado por temor da desaceleração da economia do bloco.
Outras duas taxas importantes para o desenvolvimento europeu também sofreram alta; taxa de refinanciamento e de empréstimo subiram 0,5 p.p., passando ao patamar de 0,5 e 0,75%, respectivamente.
Em comunicado, o BCE (Banco Central Europeu) afirmou que a medida visa trazer a inflação à meta de 2%. Dirigentes disseram que esse novo movimento de mudança da taxa, há muito inalterada, colocaria os países em um momento de revisão a cada reunião sobre a conjuntura econômica.
Vozes dissonantes
A presidente do BCE, Christine Lagarde, foi uma das vozes contrárias ao aumento da taxa. Ela defendia que a inflação é temporária e está ligada à oferta. O aumento, neste caso, só contribuiria para desacelerar a economia da região.
O bloco europeu segue tendência de aumento observado nos EUA e Reino Unido.
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