Caixa suspende crédito consignado do Auxílio Brasil
A decisão que suspende o crédito consignado do benefício foi divulgada nessa quinta-feira (12). De acordo com a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, o banco não tem capacidade de cobrir as prováveis perdas decorrentes da inadimplência a partir dessa modalidade de crédito. A modalidade de crédito atrelada ao benefício foi liberada pelo ex-presidente durante o período eleitoral.
As justificativas, segundo Rita Serrano, são o processo de revisão dos cadastros e a taxa de juros, que seriam muito elevadas para a parcela da população que tende a contratar o crédito.
Perspectivas futuras
O novo programa de renegociação de dívidas do governo Lula terá a Caixa Econômica e o Banco do Brasil como motores desse processo. O programa é uma promessa de campanha e deve contemplar empresas também.
Segundo Serrano, o lançamento do programa está previsto para fevereiro. As características e limites do programa estão sendo definidos pela equipe econômica e os presidentes dos bancos públicos.
Outra medida em perspectiva é o pedido de ampliação do prazo para devolução de R$ 20 bilhões em recursos, que foram transferidos pelo Tesouro para investimentos. O pedido de renegociação sobre o prazo será feito com o TCU (Tribunal de Contas da União).
De acordo com Serrano, o TCU havia determinado o prazo para devolução em cinco anos. No entanto, a média de devolução de R$ 5 bilhões por ano tende a ser demais para o banco. O voto da presidente, na reunião em que o conselho determinou o prazo, foi na direção de se aprovar um prazo de sete ou oito anos.
Rita Serrano é funcionária do banco desde 1989. Ela tomou posse na quinta-feira (12), na sede da Caixa Cultural em Brasília, em evento que teve participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama, Janja, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.