Pular para o conteúdo

Como o salário mínimo afeta as micro e pequenas empresas?

    Reajuste do salario mínimo

    Imagem ilustrativa – Reajuste do salário mínimo

    O salário mínimo foi reajustado recentemente depois de alguns anos com ganho acima da inflação do ultimo período. Passa a valer em em 2023, R$ 1.320,00, ou cerca US$ 325 por mês.

    Apesar do aumento está muito aquém do que veria ser para satisfazer as necessidades dos milhões de brasileiro que recebem e vivem dele. Porém, essa não é uma equação tão simples, de acordo com o Dieese, o acréscimo de cada R$ 1 no valor do salário mínimo implica despesa extra de cerca de R$ 302 milhões ao ano para o governo. Por outro lado, o aumento real do mesmo, também aumenta a arrecadação do governo, estados e municípios.

     

    Principais argumentos a favor do salário mínimo

    – Garante um nível mínimo de renda aos trabalhadores, de modo a assegurar a sua subsistência e a de suas famílias.

    – Contribui para a redução da desigualdade social.

    – Estimula o consumo interno.

     

    Principais argumentos contra o salário mínimo

    – Pode levar à perda de empregos, pois os empregadores podem optar por automatizar ou terceirizar as atividades, em vez de aumentar os salários.

    – Pode aumentar os custos de produção, o que pode levar ao aumento dos preços.

     

    Como o aumento do salário mínimo, afeta as micro e pequenas empresas

    No geral, o impacto do novo salário mínimo nas micro e pequenas empresas é positivo. O aumento ajuda a proteger o poder de compra dos trabalhadores, o que é importante para a economia como um todo. Além disso, o aumento da produtividade dos trabalhadores pode compensar o aumento dos custos para as empresas.

    No entanto, algumas micro e pequenas empresas podem enfrentar dificuldades para absorver. Essas empresas podem precisar aumentar seus preços ou reduzir seus custos de outra forma para compensar o aumento dos custos.

    Forma que isso acontece nas MPE’s

    Aumento dos custos: o aumento do mínimo significa que as micro e pequenas empresas terão que pagar mais aos seus funcionários. Isso pode ter um impacto significativo nos custos operacionais das empresas, especialmente aquelas que têm um número significativo de funcionários que ganham o valor.

    – Aumento da produtividade: o aumento do salário mínimo pode também levar a um aumento da produtividade dos trabalhadores. Isso ocorre porque os trabalhadores que ganham mais dinheiro estão mais motivados a trabalhar mais e melhor.

     

    Como as micro e pequenas empresas devem lidar com o aumento do salário mínimo

    Com planejamento e execução adequados, as micro e pequenas empresas podem lidar com o reajuste mínimo sem prejudicar sua competitividade.

    – Reavalie os custos: as empresas devem reavaliar seus custos operacionais para identificar áreas onde podem economizar dinheiro. Isso pode incluir a renegociação de contratos com fornecedores, a redução de gastos com marketing ou a implementação de medidas de eficiência.

    – Faça ajustes nos preços: as empresas podem precisar aumentar seus preços para compensar o aumento dos custos. No entanto, é importante fazer isso com cuidado para não perder clientes.

    – Invista na produtividade: as empresas podem investir na produtividade dos trabalhadores para compensar o aumento dos custos. Isso pode incluir treinamento, qualificação e ferramentas e equipamentos mais modernos.

     

    Saiba como vai ser a nova regra do salario mínimo?

    A nova regra foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2023 e começa a valer em 2024. A regra prevê que o salário mínimo será reajustado anualmente com base na inflação e no crescimento do PIB.

     

    Como é calculado o reajuste do salário mínimo

    – Inflação: será reajustado pelo IPCA, o índice de inflação oficial do Brasil.

    – Crescimento do PIB: será reajustado por um percentual adicional, que será calculado com base no crescimento do PIB.

    O percentual adicional será calculado da seguinte forma:

    – Se o PIB crescer acima de 2%, o percentual adicional será de 0,5%.

    – Se o PIB crescer acima de 3%, o percentual adicional será de 1%.

    – Se o PIB crescer acima de 4%, o percentual adicional será de 1,5%.

     

    Por exemplo, se o IPCA em 2024 for de 5% e o PIB crescer 3%, o salário mínimo será reajustado em 5,5%.

    A nova regra é considerada mais justa que a regra anterior, que era baseada apenas na inflação. Garante que o salário aumente acima da inflação, o que ajuda a proteger o poder de compra dos trabalhadores.

    A nova regra também é considerada mais previsível, pois o percentual adicional do reajuste é calculado com base em indicadores econômicos que são conhecidos com antecedência. Isso dá mais segurança para os trabalhadores e empresas.

    OU sejam, é uma vitória para os trabalhadores brasileiros. Ela garante que o salário mínimo aumente acima da inflação e seja mais justo e previsível.

     

    O salário mínimo em 2024

    De acordo com a proposta do governo federal, divulgado pela Ministra do Planejamento Simone Tebet, no final de agosto, seguindo a política de reajuste proposta pelo governo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, ainda na campanha em 2022, o mínimo em 2024 será de R$ 1.421, um aumento de 7,65% em relação ao valor atual. Esse reajuste é baseado na variação positiva de 2,9% do PIB durante o ano de 2022 e na projeção para o INPC em 2023.

    No entanto, a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. Se for aprovada, o salário mínimo de R$ 1.421 entrará em vigor em 1º de janeiro de 2024.

     

    A história do salário mínimo no Brasil?

    O salário mínimo no Brasil foi instituído em 1936, durante o governo de Getúlio Vargas. O objetivo era garantir um nível mínimo de renda aos trabalhadores, de modo a assegurar a sua subsistência e a de suas famílias.

    A primeira legislação sobre o tema no Brasil foi a Lei nº 185, de 26 de janeiro de 1936. Essa lei fixava valor em 250 réis por dia, o equivalente a R$ 12,50 reais em valores atuais.

    Em 1940, o salário mínimo foi regulamentado pelo Decreto-Lei nº 2.162, de 1º de maio. Esse decreto fixado pelo presidente da República, após consulta ao Conselho Nacional do Trabalho.

    Desde então, o salário mínimo brasileiro tem sido reajustado periodicamente, de acordo com a inflação. Em 2023, foi fixado em R$ 1.320 por mês, o equivalente a US$ 325 por mês.

    A história mínimo no Brasil é marcada por avanços e retrocessos. Nos anos 1950 e 1960, teve um crescimento significativo, acompanhando o crescimento da economia brasileira. No entanto, nos anos 1980 e 1990, sofreu uma série de perdas de poder de compra, devido à inflação elevada.

    Apesar dos avanços recentes, o salário mínimo brasileiro ainda é considerado baixo, quando comparado aos de outros países desenvolvidos. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o salário  brasileiro é o 123º maior do mundo, em termos de poder de compra.

    O salário mínimo é um importante instrumento de política social, pois contribui para a redução da desigualdade e da pobreza. No entanto, é importante que seja reajustado de forma regular, de modo a acompanhar o crescimento da economia e a garantir um nível de vida digno aos trabalhadores.

     

    A história do salário mínimo no mundo?

    A história do salário mínimo no mundo remonta ao século XIV, quando leis de salário começaram a ser promulgadas na Europa medieval. Essas leis tinham como objetivo proteger os trabalhadores dos abusos dos empregadores, garantindo-lhes um nível mínimo de renda.

    No século XIX, o movimento sindical começou a pressionar por leis de salário mínimo mais abrangentes. Em 1893, a Austrália foi o primeiro país a instituir um salário mínimo nacional, seguido pela Nova Zelândia em 1894.

    Nos Estados Unidos, a primeira lei foi promulgada em 1938, durante o New Deal. Essa lei fixava em US$ 0,25 por hora, o equivalente a US$ 6,63 em valores atuais.

    A partir da década de 1950, a maioria dos países do mundo passou a adotar leis de salário mínimo. Em 1992, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou a Convenção nº 131, que estabelece que os países membros devem adotar um mínimo capaz de garantir aos trabalhadores um nível de vida digno.

    Atualmente, a maioria dos países do mundo adotam essa política. No entanto, os valores do salário mínimo variam significativamente de país para país, dependendo do nível de desenvolvimento econômico e do custo de vida.

     

    O salário mínimo pelo mundo

    Em 2023, os valores dos salários mínimos em países do mundo variam significativamente, dependendo da localização, do custo de vida e do poder de compra.

     

    Países com os salários mínimos mais altos:

    – Luxemburgo: US$ 2.545 por mês, ou US$ 10,66 por hora

    – Suíça: US$ 2.358 por mês, ou US$ 9,53 por hora

    – Dinamarca: US$ 2.333 por mês, ou US$ 9,44 por hora

    – Noruega: US$ 2.311 por mês, ou US$ 9,37 por hora

    – Irlanda: US$ 1.775 por mês, ou US$ 7,50 por hora

     

    Países com os salários mínimos mais baixos:

    – Burundi: US$ 27 por mês

    – Malawi: US$ 31 por mês

    – Somália: US$ 32 por mês

    – Togo: US$ 33 por mês

    – Guiné: US$ 34 por mês

     

    Países da América Latina:

    – Costa Rica: US$ 603 por mês

    – Chile: US$ 475 por mês

    – Uruguai: US$ 475 por mês

    – Argentina: US$ 189 por mês

    – Bolívia: US$ 325 por mês

    Saiba mais

    Taxa de desemprego é a menor desde abril de 2015

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    0

    CARREGANDO