Gasolina deve cair 2,5% nas bombas após redução
A avaliação, feita por André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), indica que as bombas dos postos devem refletir a queda de 2,5%, com impacto de 0,15 p.p. na inflação.
A análise sobre o potencial de queda nos preços, vem após a decisão da Petrobras, com efeito a partir desta quarta-feira (7), de passar a vender seus produtos mais baratos às distribuidoras; gasolina e diesel. No caso da gasolina, a redução é de R$ 0,20 (-6,1%) por litro. A redução no diesel é um pouco maior, saindo de R$ 4,89 para R$ 4,49. Redução, portanto, de 8,2%.
Nota da estatal
De acordo com parecer da Petrobras, a parcela da empresa no preço ao consumidor final será de cerca de R$ 2,25. O cálculo, segundo a nota, leva em consideração a mistura na composição do produto; sendo obrigatório haver 73% de gasolina e 27% de etanol.
OUTRAS OPORTUNIDADES
Volatilidade dos preços
Embora tenha havido uma modesta redução de R$ 0,02 no preço da gasolina, as últimas semanas têm sido de estabilidade. Cenário que alterou a trajetória de seis semanas de tendência ascendente dos preços.
De acordo com o último boletim divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média nacional da gasolina é de R$ 5,03.
Até a terça-feira (6), quando a Petrobras fez o anúncio sobre a redução nos preços, a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) mostrava que a gasolina vinha sendo vendida no país R$ 0,24 mais cara do que o preço praticado internacionalmente, no caso do diesel, esse valor era de R$ 0,34 mais caro.
A explicação dada pelo presidente da agência, Sérgio Araujo, indica que a mudança, que passa a valer a partir de hoje, possui potencial de alterar essa disparidade. Ainda segundo ele, as cotações do petróleo apresentam queda em razão da redução da demanda chinesa.