Segunda parcela do 13º salário deve injetar R$ 112,9 bilhões
A segunda parcela do 13º deve ser paga até o dia 20 de novembro. De acordo com cálculo do CNC (Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo), o montante a ser injetado na economia deve chegar a R$ 112,9 bilhões. O cálculo é feito a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) acerca do endividamento das famílias, ainda segundo a pesquisa, a maior parte desse valor deve ser destinado ao pagamento de dívidas. Isto é, R$ 42,7 bilhões, 38% do total estimado.
Sobre o resto do valor, o comércio deve receber 33%, equivalente a R$ 37,2 bilhões; dentre essa parcela a ser aplicada no comércio pela população, R$ 19,6 bilhões (17%) em serviços. Já a poupança deve assimilar R$ 13,5 bilhões; 12%.
Aspectos do aporte
O varejo, cotado para receber cerca de R$ 37 bi, deve ter os segmentos de super e hipermercados entre os mais favorecidos; R$ 15,5 bilhões. Outro nicho do varejo, o de vestuário e calçados, cerca de R$ 10,5 bilhões. Os R$ 4,32 bilhões restantes devem seguir para o comércio especializado no universo doméstico.
O economista do CNC, Fábio Bentes, disse à CNN, que há uma correlação entre comprometimento de renda e queda na intenção de consumo. Historicamente, essa relação se dá por ponto percentual, a cada um ponto no cálculo de comprometimento do orçamento das famílias, a intenção de consumir cai 1,1%.
A pesquisa da CNC indica que o pagamento do 13º salário, considerando as duas parcelas, somará R$ 251,6 bilhões neste ano. Descontada a inflação, em relação ao ano passado, esse valor indica alta de 6,4%.
Entre os beneficiários, a maior parcela é de trabalhadores ativos, cerca de 56%; enquanto os pensionistas e aposentados somam 36%. A média a ser recebida por cada trabalhador é de R$ 2.870. Em 2021, a média estimada dos valores foi de R$ 2.868.