IPCA apresenta avanço de 0,67% em junho.
De janeiro a junho, a alta do IPCA ficou em 5,49%. Na análise sobre os últimos 12 meses a alta ficou em 11,89%. Em comparação com junho de 2021, o índice teve aumento de 0,53%.
Pedro Kislanov, Gerente de Pesquisa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), disse ao Valor que a taxa mais recente foi a maior na escala de comparação com o mesmo mês desde 2018, quando foi registrado 1,26%. A projeção de junho desde mês ficou em 0,71% com intervalo entre projeções de 0,51% e 0,79%, segundo instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo jornal.
Preços afetados
No fim do segundo trimestre, o maior impacto foi registrado na categoria Alimentos e Bebidas, com alta de 0,80% no período (impacto de 0,17 p.p).
Meta e dados segundo Banco Central
Para este ano, a meta inflacionária está estabelecida em 3,5%; a tolerância tem margem de 1,5 p.p (ponto percentual, sendo para mais ou para menos). O Valor Data ponderou a mediana das análises em 11,92% e projeções entre 11,71% e 12,02%.
Pedro também comentou acerca da dificuldade em manter taxas de dois dígitos durante um longo período de tempo. Segundo os dados disponíveis, é a primeira vez em quase duas décadas que o país passa por um período tão longo de inflação acima de 10%, o que ocorreu entre novembro de 2002 e novembro de 2003.
Outros indicadores
Dos 377 produtos e serviços analisados pelo IBGE, 252 tiveram avanço nos preços neste mês, em maio foram registrados 271.
Pouco espalhada, inflação ainda prejudica. O índice de difusão atingiu 67% em junho, em maio foi de 72%. A inflação do mês de junho teve como maior impacto o Plano de Saúde (2,99%), que contribuiu com 0,10 ponto percentual de forma individual no índice. Isto ocorreu porque houve reajuste de até 15,5 para os planos individuais homologados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em 26 de maio.
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