Estatal do pré-sal deve arrecadar R$ 832 bilhões em dez anos
A empresa criada no governo Dilma, PPSA (Pré-Sal Petróleo SA), anunciou nesta terça-feira (29), a previsão de arrecadar cerca de US$ 157 bilhões (R$ 832 bilhões) com a venda do petróleo nos próximos dez anos. Além desta forma de arrecadação, os impostos e royalties previstos em 19 contratos deverão gerar mais US$ 337 bilhões (R$ 1,77 trilhão, pelo câmbio atual).
Apesar do programa de privatizações anunciado por Bolsonaro não ter gerado frutos, o mandatário ainda estudou a possibilidade de privatização dos contratos de partilha, prevendo o recebimento antecipado dos valores estimados. Não conseguiu, no entanto, concretizar sua manobra. A produção de barris, com a venda de sua parte pertencente à União, é estimada em 1,9 bilhão. Além da venda do petróleo e gás, compete à estatal fiscalizar os contratos; há contratação de 21 novas plataformas e de 319 poços de exploração e produção de petróleo.
Futuro da estatal
De acordo com a nota, Eduardo Gerk, presidente da PPSA, disse que os planos da estatal engendram um concurso para 101 novos servidores; atualmente são 86 cargos de livre provimento e quatro diretores. O concurso tem previsão para ocorrer até o fim de 2023, e as contratação no início de 2024.
OUTRAS OPORTUNIDADES
Planos de privatização e crítica ao regime de partilha
Em junho, o então ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, tentou promover um projeto de lei que autorizava a venda dos contratos de partilha no Pré-Sal, pertencentes à União. Na tentativa de convencimento, o valor de arrecadação foi estimado em R$ 398,4 bilhões com a venda total à iniciativa privada.
Os contratos têm duração de 35 anos; e as críticas, à época, apontavam dúvidas sobre a disposição de investidores em desembolsar bilhões com retorno previsto a médio e longo prazo. Especialistas disseram que haveria, ainda, a necessidade de revisão dos 19 contratos firmados entre empresas petrolíferas, nacionais e estrangeiras.