Renda fixa bate recorde em 2022, emissões totalizam R$ 457 bi
As empresas nacionais que possuem emissões de renda fixa atingiram recorde em 2022. De acordo com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) divulgados nesta terça-feira (17), o recorde somou R$ 457 bilhões.
Em nota, a associação disse que, em relação a 2021, o resultado indica aumento de 6,6%. Dentro da série histórica, que teve início em 2012, o resultado é o maior da série histórica. Ainda de acordo com o relatório da associação, o resultado teve forte influência de debêntures. A soma neste período foi de R$ 271 bilhões. O resultado também é recorde.
Dados do mercado de securitização
Os CRIs analisados chegaram a um total de R$ 50,3 bilhões em 2022. Em relação ao ano anterior, o resultado representa alta de 48,5%. Em termos de volume de operações, 2022 chegou a 677 operações. Enquanto 2021 teve 623.
Já no caso dos CRAs, a soma dos valores chegou a R$ 40,8 bilhões. Em comparação a 2021, o avanço efetivo é de 62,4%. A análise feita acerca da quantidade de operações indica aumento expressivo; saindo de 185 em 2021, para 302 em 2022.
Esses papéis também apresentam recorde na série histórica, segundo o levantamento da Anbima. As quedas ficaram por conta dos FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios). Em relação a 2021, a variação negativa chegou a 49,9%, chegando a R$ 46,2 bilhões.
Dinâmica da renda variável
Em 2022, o volume de operações chegou a R$ 55 bilhões. Em relação a 2021, o resultado representa queda de 57%. As ofertas subsequentes de ações, intituladas follow-ons, foram 19 durante o período. O valor totalizado foi de R$ 54,6 bilhões.
O total de emissões, portanto, foram puxados para baixo em razão do resultado em 2022. O mercado de capitais registrou queda de 10,9% em relação a 2021. O volume total foi de R$ 544 bilhões.