Conheça a possível equipe de Haddad na Fazenda
Os possíveis nomes a comporem a pasta sob o comando de Haddad indicam como será o programa econômico nesse terceiro mandato de Lula.
Além disso, o papel exercido pelo Planejamento também deve ter grande influência. Embora haja rumores, o próprio ministro nomeado, diz que a nomeação efetiva ainda depende de conversas nos bastidores.
Ainda em conversas preliminares, há a possibilidade de Bernardo Appy, Felipe Salto, Bernardo Guimarães e Marco Bonomo integrarem o Planejamento ou irem para a Fazenda.
No caso de Guimarães e Bonomo, os dois são considerados pesquisadores da escola ortodoxa. Bem reputados, são nomes que compõem a ala mais liberal. Outro nome aventado entre os cotados para a equipe é Gabriel Galípolo, 39, conselheiro da Fiesp e ex-presidente do Banco Fator. Durante a campanha, Gabriel estreitou laços com Lula, e o acompanhou em jantares entre o empresariado. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) também poderia ser um destino.
Marcos Cruz, ex-secretário de Finanças de São Paulo na prefeitura Haddad (2013-16). Engenheiro da Unicamp com MBA pelo Insead, da França, foi sócio da consultoria McKinsey.
Outros dois economistas que integram a equipe de transição devem ocupar cargos, embora, não devam trabalhar diretamente com Haddad. São eles, Nelson Barbosa e Guilherme Mello. Barbosa é conhecido pelo período em que integrou o governo Dilma (2) como ministro do Planejamento e da Fazenda. Ele possui formação em economia pela UFRJ e obteve doutorado na New School (EUA), famosa pela alcunha de “heterodoxa”.
Mello foi um dos responsáveis pela elaboração do programa econômico da candidatura de Lula. Possui graduação em ciências sociais na USP e doutorado em economia pela Unicamp.
Mentor da reforma tributária
Bernardo Appy foi secretário-executivo do ministério da Fazenda entre 2003 e 2008. Esteve junto com Antonio Palocci e Guido Mantega. Durante um tempo foi assessor de Lula para a reforma tributária. Também foi fundador do Centro de Cidadania Fiscal, centro da iniciativa privada para estudos dedicados à tributação.
Tem formação em economia pela USP e mestrado na Unicamp. Appy é líder intelectual do projeto de reforma tributária que melhor trafega no Congresso, projeto que deve ser levado adiante por Haddad.
Marco Bonomo é professor de finanças e economia monetária no Insper. Possui graduação e mestrado pela PUC-Rio; é doutor pela Universidade Princeton. Tem grande chance de ser secretário de Política Econômica.
Responsabilidade de Salto; passagens pelo IFI e Fazenda de São Paulo
Por último, Felipe Salto atua na secretaria da Fazenda do estado de São Paulo, é secretário desde abril deste ano. Em 2015 e 2016, foi assessor econômico do senador José Serra (PSDB). Ainda em 2016, foi o primeiro e até então único diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, ligada ao Senado, responsável por estudos fiscais independentes.
As informações são de Vinicius Torres Freire (Folha de SP)