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Inflação, saldo comercial, importações como se comportou a economia em novembro

    A economia brasileira apresentou um desempenho positivo no mês de novembro de 2023, com a inflação voltando para o centro da meta definida pelo Banco Central, com a projeção de crescimento do PIB – Produto Interno Bruto em 2023 sendo elevada, além do saldo comercial positivo e o retorno da taxação de pequenos produtos importados.

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, fechou o mês de novembro com alta de 0,28%, após registrar avanço de 0,24 % em outubro. A inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 4,68%, dentro do intervalo de tolerância da meta de inflação, que é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

    A projeção do mercado financeiro para o crescimento do PIB em 2023 subiu para 2,92%, de 2,84% na semana anterior. A estimativa está acima do centro da meta de inflação, que é de 3,25%.

    Outros indicadores econômicos também apresentaram resultados positivos em novembro. O saldo da balança comercial brasileira, por exemplo, registrou superávit de US$ 8,7 bilhões, o maior para o mês desde 2018.

    No entanto, alguns riscos ainda pairam sobre a economia brasileira, como a alta da inflação global, a guerra na Ucrânia e a incerteza política.

    IPCA sobe 0,28% em novembro

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, subiu 0,28% em novembro de 2023, desacelerando em relação à alta de 0,41% registrada no mesmo mês do ano anterior. A taxa é a menor para o mês desde novembro de 2019 (0,14%).

    No ano, o IPCA acumula alta de 4,30%, enquanto nos últimos 12 meses avança 4,84%.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação para as famílias com renda de 1 a 4 salários mínimos, subiu 0,30% em novembro, também desacelerando em relação à alta de 0,48% registrada no mesmo mês do ano anterior. No ano, o IPC acumula alta de 4,50%, enquanto nos últimos 12 meses avança 5,21%.

    O Índice de Preços ao Consumidor-Especial (IPC-E), que mede a inflação para as famílias com renda de mais de 40 salários mínimos, subiu 0,27% em novembro, também desacelerando em relação à alta de 0,38% registrada no mesmo mês do ano anterior. No ano, o IPC-E acumula alta de 4,38%, enquanto nos últimos 12 meses avança 5,17%.

    A inflação no Brasil segue em patamar elevado, mas a desaceleração registrada em novembro é um sinal positivo para a economia. O Banco Central, responsável pela política monetária do país, vem elevando a taxa básica de juros, a Selic, para tentar conter a inflação. A expectativa é que a Selic chegue a 11,75% ao ano no final deste ano.

    Grupos de produtos e serviços que contribuíram para a alta do IPCA em novembro

    – Alimentos e bebidas, com alta de 0,45%, puxada pelos preços dos produtos hortifrutigranjeiros (1,23%) e da alimentação fora do domicílio (0,95%).

    – Habitação, com alta de 0,26%, refletindo os reajustes nos preços dos aluguéis (0,34%).

    – Transportes, com alta de 0,51%, influenciada pelos preços dos combustíveis (1,59%) e das passagens aéreas (5,05%).

     

    Inflação em 12 meses no Brasil fica abaixo do teto da meta em novembro

    A inflação em 12 meses no Brasil ficou abaixo do teto da meta em novembro de 2023. O IPCA, considerado a inflação oficial do país, avançou 4,84% nos últimos 12 meses, abaixo do teto de 5,25% estabelecido pelo Banco Central.

    A desaceleração da inflação em novembro foi puxada pela queda nos preços dos alimentos e bebidas, que subiram 0,45% no mês, abaixo da alta de 1,23% registrada no mesmo mês do ano anterior. Os preços dos combustíveis, que vinham pressionando a inflação nos últimos meses, também recuaram, com alta de 1,59% em novembro, ante 2,91% em outubro.

    A desaceleração da inflação em novembro é um sinal positivo para a economia brasileira. O Banco Central vem elevando a taxa básica de juros, a Selic, para tentar conter a inflação. A expectativa é que a Selic chegue a 11,75% ao ano no final deste ano.

    No entanto, é importante ressaltar que a inflação ainda está em patamar elevado. No ano, o IPCA acumula alta de 4,30%. Isso significa que os preços dos produtos e serviços estão subindo mais rápido do que os salários, o que reduz o poder de compra da população.

    O Banco Central continuará monitorando a inflação nos próximos meses. Se a inflação continuar desacelerando, o BC poderá reduzir o ritmo de elevação da Selic.

    Saldo comercial aumenta mais de 50% e sai de US$ 62 bi para perto de US$ 100 bi

    Novembro
    Imagem ilustrativa – Saldo comercial em 2023 fechara positivamente, segundo a equipe econômica.

    De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia, o saldo comercial brasileiro deve fechar o ano de 2023 com um superávit de cerca de US$ 99 bilhões. Isso representa um aumento de mais de 50% em relação ao ano passado, quando o saldo foi de US$ 62 bilhões.

     

    Aumento do saldo comercial é resultado de uma combinação de fatores

    – O forte crescimento das exportações brasileiras, que devem atingir US$ 310 bilhões em 2023, um aumento de 0,5% em relação ao ano passado.

    – A queda das importações brasileiras, que devem atingir US$ 211 bilhões em 2023, uma queda de 4,6% em relação ao ano passado.

    As exportações brasileiras foram impulsionadas pelo aumento das vendas de commodities, como soja, petróleo e minério de ferro. As importações, por sua vez, foram afetadas pelo aumento do preço das commodities, que elevou o custo das importações brasileiras.

    O aumento do saldo comercial é positivo para a economia brasileira, pois contribui para a geração de empregos e renda. Além disso, ajuda a reduzir o déficit em conta corrente, que é a diferença entre as exportações e as importações de um país.

    No entanto, é importante ressaltar que o aumento do saldo comercial também pode ter alguns impactos negativos, como a apreciação do real, que pode tornar as exportações brasileiras menos competitivas.

     

    Fatores que contribuíram para o aumento do saldo comercial brasileiro em 2023

    – Forte crescimento das exportações brasileiras

    – Queda das importações brasileiras

    – Aumento das vendas de commodities

    – Aumento do preço das commodities

    Importações de produtos de pequeno valor caem após tributação, e procura por produtos nacionais aumenta

    Novembro
    Imagem ilustrativa – Taxação de produtos com preços até $ 50 dólares será retomado pelo governo.

    De acordo com dados da Receita Federal, as importações de pequeno valor feitas por pessoas físicas no Brasil caíram 54% no mês de novembro de 2023, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. A queda foi provocada pela entrada em vigor, em setembro de 2023, de novas regras de tributação para essas compras.

    Antes das novas regras, as importações de produtos de até US$ 1.000 eram isentas de impostos. A partir de setembro, essas compras passaram a ser tributadas pelo Imposto de Importação (II), que varia de acordo com a alíquota do produto importado.

    A queda nas importações de pequeno valor foi acompanhada por um aumento na procura por produtos nacionais. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as vendas de produtos nacionais no comércio eletrônico cresceram 15% no mês de novembro de 2023, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

    A queda nas importações de pequeno valor é um sinal de que as novas regras de tributação estão tendo o efeito desejado pelo governo. O objetivo das novas regras é reduzir o déficit comercial brasileiro e estimular a produção nacional.

    No entanto, as novas regras também estão sendo criticadas por alguns setores. O argumento é que elas estão tornando os produtos importados mais caros, o que pode prejudicar o consumidor brasileiro.

    Ainda é cedo para dizer qual será o impacto de longo prazo das novas regras de tributação sobre as importações de pequeno valor e o comércio eletrônico no Brasil. No entanto, é certo que essas regras estão provocando mudanças significativas no mercado.

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