Pular para o conteúdo

IPCA registra deflação pela 3ª vez, segundo IBGE

    IPCA registra deflação pela 3ª vez

    O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) teve retração de 0,29% em setembro. É a terceira vez seguida que o fenômeno é registrado, o resultado traz a maior queda considerando o mês dentro da série histórica.

    As informações foram divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nessa terça-feira (11). A íntegra do relatório IPCA/Setembro 2022 pode ser acessado aqui.

    A expectativa do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi correta. Em reunião de agosto, Campos Neto havia dito que haveria 3 meses de queda do índice. A queda no IPCA foi de 0,68% em julho, em agosto a queda foi de 0,36%. No ano, a inflação oficial do país teve desempenho de alta acumulada em 4,09%.

    Na análise de 12 meses, entre agosto e setembro, a dinâmica registrou queda de 8,73% para 7,17%. Apesar da retração observada, a inflação ainda está acima da meta deste ano. De acordo com o cenário atual, é possível que o ano acabe com a inflação desrespeitando o teto, segundo decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional), a meta estabelecida é de 3% a 5%.

    Dinâmica por grupos

    Dos 9 grupos analisados, 4 apresentaram depressão dos índices no mês de setembro. Os preços relacionados aos transportes tiveram desempenho mais relevante, a queda registrada nesse segmento foi de 1,98%. A deflação consecutiva pela terceira vez também foi registrada nesse item.

    No mês de setembro, os combustíveis tiveram recuo de 8,5%, os responsáveis pelo desempenho foram a gasolina (-8,33%), óleo diesel (-4,57%), gás veicular (-0,23%) e o etanol (-12,42%).

    Habitação também foi um importante segmento nesse levantamento, o item teve alta de 0,6% também em setembro. Além dessa alta, a energia elétrica dos lares também apresentou tendência de subida (0,78%). Comunicação continua com deflação, desta vez foi a 2,08%. Dentro desse segmento está: telefonia, tv e internet (-2,7%) e acesso à internet (-10,55%).

    Expectativa de crescimento do PIB brasileiro é de 3,1%

    A projeção é do CNI (Confederação Nacional da Indústria), o Informe Conjuntural do 3º trimestre foi divulgado nessa terça-feira (11). Em julho, o último informe havia projetado a alta em 1,4%. O crescimento da indústria foi projetado em 2% para este ano. Anteriormente, a estimativa ficou em 0,2%.

    Expectativa para a balança de exportações e importações

    O documento diz que o crescimento ainda se apresenta contínuo nesse ano, o aumento dos preços sustenta esse cenário. Além disso, a previsão de superávit da balança comercial para este ano é de US$ 51,3 bilhões.

    Expectativa de fora

    Segundo a projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional), o Brasil crescerá 2,8% em 2022. A estimativa anterior era de 1,7%. O movimento inverso é observado na previsão para o ano que vem, de 1,1% para 1%. O documento da entidade também foi divulgado nessa terça-feira (11).

    A projeção para o crescimento mundial neste ano não deverá ter alteração, permanece estável em 3,2%. Já para o ano que vem, segundo a entidade, a estimativa foi de 2,9% para 2,7%.

     

    Saiba mais: Fundos imobiliários foram divididos e se tornaram acessíveis para todos

    Endividamento recorde: dívidas chegam a 80% das famílias

    Vendas no varejo recuam pela 3ª vez em agosto, segundo IBGE

     

     

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    0

    CARREGANDO